Pelo regulamento de vitórias, Jenson Button poderia ser campeão em julho.

Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da Fórmula 1, e Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), devem estar aliviados com a manutenção do sistema de pontos, em vez do regulamento que daria o título ao piloto com maior número de vitórias. A polêmica regra chegou a ser aprovada pelo Conselho Mundial de Esporte a Motor da FIA, mas caiu. Se estivesse valendo, Jenson Button já estaria com a mão na taça e o campeonato, a esta altura, já não despertaria o mesmo interesse.

Em Mônaco, o piloto da Brawn GP conquistou sua quinta vitória em seis corridas na atual temporada. Mais quatro triunfos sacramentariam o título para o inglês, mesmo que Sebastian Vettel, único piloto além de Button a vencer em 2009, ganhasse todas as outras provas do campeonato. Desta forma, o atual líder do Mundial terminaria o ano com nove conquistas, contra oito do alemão da RBR.

Pelo regulamento de vitórias, caso Button não vencesse mais nenhuma prova em 2009, Vettel precisaria ganhar cinco das últimas 11 corridas para superá-lo. Qualquer outro competidor teria de vencer seis vezes, mais de 50% dos GPs restantes, para conquistar o título.

O domínio apresentado pelo britânico nesta temporada até agora leva a uma previsão de que o título poderia ser sacramentado na etapa húngara, no dia 26 de julho, no autódromo de Hungaroring. Mas a F-1 decidiu não adotar o novo regulamento, e o que vale é a quantidade de pontos.

Apesar de tantos números a favor, Button rejeitou o rótulo de campeão virtual após a vitória em Mônaco e garantiu que esse tipo de pensamento gera “energia negativa”.

- Não sei como vocês podem dizer isso após seis corridas. Estão colocando energia negativa. Não vou comentar isso. Estou com 16 pontos de vantagem. Tenho uma boa margem sobre os outros para vencer o campeonato, mas tudo está em jogo. Estou curtindo o momento, como vocês podem imaginar, e ansioso para a próxima corrida, na Turquia – declarou o britânico, durante a entrevista coletiva após a etapa em Mônaco.